3 em cada 4 brasileiros estão abertos a explorar novidades na vida sexual, aponta pesquisa
Levantamento “DR do Bem”, da sextech Dona Coelha, revela que a busca por quebrar a rotina impulsiona o interesse por produtos de bem-estar sexual, mas a falta de conhecimento ainda é uma barreira para a satisfação
Uma nova pesquisa sobre o comportamento íntimo dos brasileiros revela uma forte tendência de abertura à experimentação: mais de 75% dos entrevistados se consideram “inclinados” ou “muito inclinados” a explorar algo novo sexualmente.

O dado faz parte da “DR do Bem”, um levantamento anual realizado pela Dona Coelha — e-commerce especialista em bem-estar sexual — com quase 1000 pessoas de todo o Brasil entre 18 e 25 de outubro de 2025. O estudo indica uma mudança de comportamento em direção a uma busca mais ativa pelo prazer.
“Esses dados são fortes indicativos de que o consumidor brasileiro amadureceu. Ele está ativamente buscando formas de quebrar a rotina na vida íntima. A pesquisa nos mostra que o desejo por experimentação não é mais um nicho, mas sim uma realidade consolidada no comportamento de consumo”, analisa Renan de Paula, CMO da Dona Coelha.
A busca por mais intimidade e conexão impulsiona o desejo por mudanças
Essa abertura para a novidade é motivada por um desejo de superar os desafios da vida moderna. A pesquisa aponta que, embora quase 80% dos respondentes considerem o sexo “importante”, a rotina e a falta de tempo são os principais obstáculos para uma frequência sexual satisfatória.
Nesse contexto, a busca por alternativas se torna crucial. A “conexão emocional” é o principal fator de desejo para 75% dos entrevistados, e o estudo revela que pessoas casadas ou em união estável possuem mais brinquedos íntimos do que solteiros, sugerindo que esses produtos são vistos como ferramentas para fortalecer a intimidade.
A pesquisa detalha como a busca por “novidades” — um fator de grande importância para 55% dos entrevistados — se materializa na prática. Entre os produtos mais populares, 43% dos usuários preferem os vibradores de estímulo clitoriano, seguidos pelos sugadores, com 31% da preferência.
O levantamento também quebra o tabu de que o uso desse tipo de item é solitário, já que 47% dos usuários utilizam os brinquedos tanto sozinhos quanto com parceiros(as). No campo dos cosméticos, quase 80% dos que já experimentaram optaram por lubrificantes à base de água.
Apesar da abertura, o tabu e a falta de conhecimento ainda são barreiras
Embora a disposição para experimentar seja alta, o acesso a essas ferramentas ainda enfrenta obstáculos. A falta de conhecimento é a principal barreira para 30% dos entrevistados. A vergonha e o medo de julgamento vêm logo em seguida como um fator decisivo para 15% dos respondentes.

Esse tabu, consequentemente, se reflete na comunicação. O levantamento mostra que, enquanto 55% conversam sobre o tema com parceiros e 51% com amigos, o diálogo com a família é quase inexistente — sendo uma realidade para apenas 8%.
Nesse cenário, o conteúdo educativo se torna essencial. Para o público questionado, as dicas de uma marca especialista como a Dona Coelha inspiram 35% dos clientes a explorar novas possibilidades e 26% a experimentar sex toys, além de ajudarem 25% a aumentar o autoconhecimento.
“Há um desejo enorme por novidades, mas a falta de conhecimento e o tabu ainda são barreiras significativas. A jornada do consumidor não termina na vontade de comprar, ela começa na busca por informação segura e confiável”, aponta Natali Gutierrez, CEO da sextech. “O mercado de bem-estar só vai atingir seu pleno potencial quando a educação for tratada com a mesma importância que o produto”.
A pesquisa “DR do Bem” revela uma população mais madura e aberta a explorar sua sexualidade, mas que ainda necessita de informação de qualidade e acesso a produtos para superar barreiras práticas e tabus, em busca de uma vida íntima mais satisfatória.