Aos 15 anos, Juninho Cowboy narra rodeios há quase uma década
Com incentivo do pai, o menino do interior de MS virou locutor de rodeio e almeja se apresentar em Barretos (SP)
Wanderley Júnior, de 15 anos, acumula quase uma década de experiência no universo do rodeio, mas sua função não é montar no touro. Conhecido como Juninho Cowboy, ele ganhou destaque por emprestar sua voz a eventos em Mato Grosso do Sul. Segundo o pai, Vanderlei Pereira dos Santos, de 37 anos, Juninho começou quando tinha seis anos.
Natural de Costa Rica (MS), Juninho mora hoje com o pai no Distrito de Ipezal, no município de Angélica (MS). Eles se mudaram para acompanhar os estudos do garoto, que está concluindo o curso técnico agrícola.
O gosto pelo rodeio vem desde pequeno. Aos três anos, Juninho brincava de narrar versos em casa. Aos seis, recebeu o convite de um vereador de Angélica, Marildo Dezote, para narrar um rodeio de carneiros. O pai topou, e ali nasceu a paixão:
– Meu pai aceitou. Narrei e a emoção tomou conta de mim. Fiquei muito feliz – relembra.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/C/x/yo8OgLT8212EggidZypw/juninho-cownboy-na-locucao.jpg)
Juninho lembra que o pai sempre foi seu maior incentivador:
– Meu pai mexia com futebol no distrito, mas hoje anda de bota, calça jeans, camisa xadrez e chapéu por causa do meu sonho.
O maior objetivo de Juninho é narrar na arena de Barretos (SP), uma das maiores festas de peão do mundo, que recebe mais de 35 mil pessoas. Ele já teve a chance de dividir eventos com grandes locutores do MS, como o lendário Everaldo Bento, conhecido como Pena Branca:
– Ele até hoje me ensina como me comportar nos rodeios. Foi quem me chamou pela primeira vez dentro da arena para narrar montarias. Tenho muita gratidão, é meu amigo e professor – detalhou o menino
O pai, que tentou ser jogador de futebol na juventude, conta que nunca mediu esforços para apoiar o filho:
– Ele ia tomar banho e ficava narrando, gritava tanto que demorava. Pela casa, vivia falando versos e narrando montarias. Com ele, nunca teve tristeza – falou o pai.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/P/Q/iy1Xf4TTOW1weoWbCtew/juninho-com-o-pai.png)
Para ajudar Juninho, Vanderlei fez amizades no meio do rodeio e buscou eventos onde o filho pudesse narrar, muitas vezes sem receber nada.
Ao final, o pai diz que torce pelo sucesso do filho, mas faz um pedido especial: – Espero primeiramente que ele conclua os estudos.
*Com informações de GE