Ventos de mudança na economia global: Como o ESG se torna o pilar da resiliência para empresas e pessoas

Por Mariana Borges

O cenário global está sempre em movimento, não é mesmo? Vira e mexe, vemos decisões tomadas em um canto do mundo reverberar em outros, chegando até o nosso dia a dia aqui no Brasil. É como o mar: uma maré lá longe pode se transformar em uma onda que chega à nossa praia, afetando desde grandes empresas exportadoras até a forma como compramos nossos produtos.

Nesses momentos de ventos de mudança na economia global, a sensação pode ser de incerteza. Mas é exatamente nessas horas que precisamos olhar para o que realmente nos sustenta e nos permite navegar com mais segurança. E é aqui que a Liderança ESG entra como um verdadeiro pilar de resiliência.

Muitas vezes, pensamos em ESG (Ambiental, Social e Governança) como algo para “tempos de bonança”, um diferencial competitivo ou um selo de qualidade para empresas. Mas a verdade é que o poder do ESG se revela, e muito, nos momentos de pressão. É quando a solidez de uma gestão orientada por esses princípios se destaca, permitindo não apenas sobreviver, mas encontrar novos caminhos e até mesmo prosperar.

O “G” de Governança: Sua estrutura anti-sísmica

Imagine sua empresa como um edifício. Em tempos de turbulência, você quer que a estrutura seja forte e bem planejada. Esse é o papel da Governança (G) no ESG. Uma governança robusta significa ter clareza nas decisões, transparência nos processos e uma gestão de riscos eficaz.

É a Governança que permite que as empresas reajam rapidamente a cenários imprevistos, adaptando suas rotas e protegendo seus ativos. Quando há previsibilidade interna e um sistema que funciona, é possível antecipar desafios e transformar problemas em estratégias – seja diversificando mercados, otimizando operações ou buscando novas oportunidades que talvez não fossem vistas em tempos mais calmos. É a base sólida que nos impede de sermos pegos de surpresa.

O “S” de Social: O coração que mantém a empresa viva

Quando a economia balança, quem mais sente o impacto são as pessoas. E uma empresa que realmente abraça o Social (S) do ESG já tem um compromisso genuíno com seus colaboradores, fornecedores e as comunidades onde atua. Esse foco nas pessoas se traduz em uma resiliência que vai muito além dos números:

● Proteção do capital humano: A preocupação com o bem-estar e a segurança dos funcionários, por exemplo, não é só uma questão de compliance, mas uma forma de manter talentos, engajamento e produtividade em tempos incertos. Pessoas valorizadas e seguras são mais produtivas e leais.
Relacionamento com a cadeia de valor: Parcerias sólidas e éticas com fornecedores se tornam alianças estratégicas. Em vez de quebrarem, essas relações podem se fortalecer, garantindo a continuidade das operações e, muitas vezes, gerando soluções conjuntas para os desafios.
Impacto na comunidade: Empresas que são pilares em suas comunidades tendem a ter maior apoio e legitimidade. Em momentos de crise, essa conexão se mostra um diferencial, mantendo o negócio relevante e contribuindo para a estabilidade do entorno.

O “E” de Ambiental: Inovação para um futuro sustentável

Ainda que o foco imediato possa parecer em Governança e Social durante uma crise, a dimensão Ambiental (E) também tem seu papel vital. Empresas com mentalidade ESG são naturalmente mais propensas a buscar soluções inovadoras e sustentáveis. Repensar cadeias de suprimentos para serem mais verdes, otimizar o uso de recursos para reduzir custos e resíduos, ou até mesmo desenvolver novos produtos e serviços alinhados com uma economia de baixo carbono.

Essa busca por eficiência e inovação, impulsionada pelo “E”, pode levar a descobertas que não apenas beneficiam o planeta, mas também trazem vantagens competitivas e economias em um cenário econômico desafiador. A crise pode, ironicamente, acelerar a transição para práticas mais sustentáveis.

E a nossa jornada individual?

Assim como as empresas, nós, como indivíduos, também precisamos de nossa própria “Jornada ESG” pessoal. Nossas escolhas de consumo (preferir empresas transparentes e responsáveis), nossas habilidades de adaptação e nossa “governança” pessoal (planejamento financeiro, resiliência emocional, clareza sobre nossos valores) são fundamentais para atravessar momentos de incerteza.

A Liderança ESG nos ensina que construir um futuro mais sustentável não é uma opção, mas uma necessidade estratégica. É sobre sermos intencionais nas nossas ações, valorizando as pessoas, agindo com integridade e cuidando do nosso planeta. Em tempos de ventos fortes, são esses pilares que nos mantêm firmes, nos permitem crescer de forma consciente e, mais importante, nos guiam para um impacto positivo duradouro.

Que esses ventos nos impulsionem para uma liderança ainda mais consciente e resiliente!

Artigo escrito por Mariana Borges, sócia da Move’n Up Inteligência em Gestão Sustentável

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