Atriz vencedora do Emmy viraliza com resposta certeira após ser excluída em entrevista constrangedora com Julia Roberts e Andrew Garfield

Ayo Edebiri, estrela da série ‘O Urso’, faz parte do elenco de ‘Depois da Caçada’, novo longa do cineasta italiano Luca Guadagnino

A atriz Ayo Edebiri viralizou com uma resposta certeira após ser excluída em momento constrangedor de entrevista com Andrew Garfield e Julia Roberts. O trio protagoniza ‘Depois da Caçada’, novo filme do cineasta italiano Luca Guadagnino.

Durante a entrevista em questão, publicada pelo veículo italiano ArtsLife na última sexta-feira (5), a repórter Federica Polidoro fez uma pergunta sobre os movimentos #MeToo e Black Lives Matter — contra o assédio sexual e a violência direcionada a pessoas negras respectivamente. Antes de responder, Roberts pediu para ouvir a pergunta novamente, aparentemente dando uma chance para a repórter direcionar o questionamento aos três, e não apenas a ela e Garfield como havia feito inicialmente.

“Agora que a era #MeToo e o movimento Black Lives Matter acabaram, o que devemos esperar de Hollywood?”, Polidoro perguntou mais uma vez, acrescentando ainda uma dúvida sobre “o que perdemos com a era politicamente correta.” Desta vez, ela explicitou que esperava respostas apenas de Roberts e Garfield — deixando de lado a única mulher negra presente na conversa.

Edebiri não conseguiu esconder seu choque com a atitude e decidiu responder mesmo sem ter sido convidada. “Sim, eu sei que essa não foi para mim, e não sei se é de propósito, mas estou curiosa”, ela pontuou.

“Eu não acho que tenha acabado. Definitivamente não acabou. Talvez as hashtags não mais tão usadas quanto antigamente, mas há trabalho sendo feito por ativistas, por pessoas, todos os dias. É um trabalho lindo e importante que não acabou — segue muito, muito ativo e com razão, porque esse mundo está carregado. O trabalho não acabou de forma alguma”, a vencedora do Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em série de comédia continuou.

“Talvez não haja mais cobertura da grande mídia como já houve, manchetes diárias como era há oito anos, mas eu não acho que isso significa que o trabalho tenha acabado. É isso o que penso”, Edebiri completou.

Seus colegas de set prontamente concordaram com a declaração, assim como os internautas que compartilharam o vídeo no X (antigo Twitter). Na plataforma, o trecho da entrevista já ultrapassou 26 milhões de visualizações.

“A energia da entrevistadora estava péssima. Já estava deixando Júlia nos nervos”, apontou um usuário da rede social, de olho na reação de Roberts. “Ayo teve muita habilidade para lidar com isso”, apontou outro. “Essa repórter nunca mais deveria fazer outra entrevista”, pediu o terceiro, enquanto mais alguém indagou: “Se você está falando sobre MeToo, por que perguntar para Andrew e excluir uma mulher que estava lá?”.

Polidoro rebateu as críticas em uma publicação feita no Instagram no último domingo (7). Além de reclamar de supostos ataques e acusações de racismo, a repórter defendeu que apenas utilizou as palavras erradas para formular sua pergunta e ressaltou a importância de lutar contra a censura.

“Para aqueles que me acusam injustamente de racismo, gostaria de esclarecer que, em meu trabalho, entrevistei pessoas de todas as origens e etnias, e minha própria família é multiétnica, matriarcal e feminista, com uma importante história de imigração. Colaborei por mais de vinte anos com inúmeras publicações nacionais e internacionais de todas as orientações políticas, sempre conduzindo meu trabalho com abertura e rigor profissional. Na minha visão, os verdadeiros racistas são aqueles que veem racismo em todo lugar e buscam silenciar o jornalismo, limitando a liberdade de análise, o pensamento crítico e a pluralidade de perspectivas”, Polidoro escreveu em trecho do comunicado.

Confira abaixo a entrevista:

*Com informações de Revista Monet