A história da tiara com diamantes resgatada por Kate Middleton que ficou no cofre da Família Real por 100 anos

A futura Rainha usou a joia durante uma cerimônia de estado, que ocorreu exatamente um século depois da primeira dona ter ganhando a peça de presente

Por mais que seja um dos clãs mais conhecidos de todo o mundo, a Família Real, assim como qualquer outra, também possui seus segredos. No caso deles, porém, as informações que escondem costumam valer bastante dinheiro, como é o caso da tiara Strathmore Rose.

Após quase um século trancada nos cofres da realeza, a peça foi resgatada nos últimos tempos pela futura rainha consorte, Kate Middleton. Além de ter exposto a relíquia depois de tanto tempo, o registro é ainda mais significativo porque a esposa do Príncipe William foi a segunda pessoa na história a usar o acessório.

Durante um banquete realizado no Palácio de Buckingham por causa da visita de estado da Coreia do Sul, em novembro de 2023, a mãe de George, Charlotte e Louis chamou bastante atenção ao usar a tiara que contém cinco rosas de diamantes. Afinal, a peça não só ficou guardada por quase um século, como também é um raro tesouro da realeza.

Foi a quarta tiara utilizada por Kate durante todo o seu período em que fez parte da Família Real não era usada há pelo menos 90 anos – desde a década de 1930. A primeira – e última – vez que tinha aparecido foi sobre a cabeça da Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe (1900-2002).

A mãe da Rainha Elizabeth II (1926-2022) recebeu o acessório do seu pai, o Conde de Strathmore e Kinghorne, em 1923, como um presente de casamento quando se uniu ao, na época, futuro Rei George VI (1895-1952). A primeira vez que ela usou a tiara foi em uma famosa série de retratos ao lado do marido.

Entretanto, por mais que a data da sessão não seja clara, a Joalheria da Corte reportou que a Rainha Mãe – chamada assim para não ser confundida com sua filha, que tinha o mesmo nome que ela e se tornou rainha assim que o pai dela, George VI, morreu – foi fotografada utilizando a relíquia pela última vez nos anos 1930.

E, como a Rainha Elizabeth II nunca usou a tiara durante seu reinado – e nem a Rainha Mãe o fez quando ainda era Rainha Consorte, ou quando sua filha assumiu –, foi uma alegria quando a Princesa Kate o fez.

Inclusive, o gesto foi interpretado como um tributo – e um gesto de demonstração da conexão que eles compartilham – ao Rei Charles III, que era muito próximo da sua avó, que faleceu em 2002.

“Kate sempre sinalizou que gostaria de enfatizar a posição da Rainha Mãe na realeza. E usar as joias dela é um importante símbolo dessa continuidade”, a blogueira da joalheira da corte, Lauren Kiehna, disse à People, na época.

“É apropriado que Kate – provavelmente com uma assistência do Rei Charles III – tenha decidido usar a tiara exatamente um século depois que a Rainha Mãe a recebeu. A peça é uma antiguidade que não apareceu por diversas décadas, mas muitas joias que foram consideradas espalhafatosas ou fora de moda estão sendo abraçadas novamente”, acrescentou.

A diretora de moda do jornal ‘The Daily Telegraph’, Bethan Holt, comparou a rara tiara com um “tesouro perdido”. “Eu acho amável que o Rei era tão próximo da Rainha Mãe e saber que uma das peças de joalheria mais preciosas dela está sendo usada pela nora dele gera uma emocionante conexão emocional entre gerações”, opinou à revista norte-americana ‘People’.

“Foi dito que Kate estava se inspirando na Rainha Mãe em termos de como ela deveria se portar e usar essa tiara simbolizando isso, em um momento tão público, eu acho que isso é muito significante. Eu acho que se tinha alguém que podia usar essa tiara, era Kate; ela era a mulher que deveria usá-la e continuar exibindo-a”, finalizou.

*Com edição de Luís Alberto Nogueira