Ameaça feroz atravessa o oceano, chega a novo habitat e acende alerta entre especialistas
Os oceanos e ambientes aquáticos do planeta ainda escondem muitos mistérios
Os oceanos e ambientes aquáticos do planeta ainda escondem muitos mistérios. Dentro desse vasto cenário, pesquisadores têm expressado preocupação com o “Coreano Oyanirami” — uma espécie predadora que, ao sair de seu habitat natural, pode se tornar uma séria ameaça aos ecossistemas.
Com uma dieta baseada em peixes pequenos e outros organismos aquáticos, o animal já foi identificado pela segunda vez no mar do Japão, segundo cientistas e pescadores locais.
A explicação é simples: quando uma espécie invasora consegue se adaptar a um novo ambiente, ela tende a se reproduzir rapidamente, colocando em risco tanto os predadores nativos quanto suas presas.
Em regiões como Gunma, no Japão, o avanço do Oyanirami já preocupa as autoridades. O governo local firmou acordos com cooperativas de pesca para monitorar a situação e relatar possíveis novos desaparecimentos de espécies. Nessa missão, os pescadores também atuam como caçadores do invasor, ajudando a conter sua expansão.
Os impactos, porém, vão muito além da biodiversidade. A presença de espécies exóticas afeta diretamente a economia e a agricultura, pilares fundamentais para qualquer sociedade.
Outra ameaça
Os mares brasileiros também enfrentam um desafio semelhante: o peixe-leão, considerado um dos maiores invasores marinhos do mundo, com potencial para devastar ecossistemas inteiros.
Recentemente, exemplares foram identificados nos canais de Santos, gerando alerta entre especialistas e pescadores.
A teoria mais aceita sobre sua chegada ao continente americano aponta que um furacão teria destruído uma loja de aquários na Flórida, liberando larvas no mar do Caribe. Com o tempo, elas foram levadas pelas correntes marítimas até alcançar novas regiões, incluindo o litoral do Brasil.
Nos últimos meses, praias brasileiras têm registrado a presença de espécies agressivas. Em um caso recente, uma praia foi infestada por peixes-espadas, e ataques chegaram a ser confirmados.
Reprodução alarmante
Entre os fatores que tornam o peixe-leão tão perigoso está sua impressionante capacidade reprodutiva: a espécie pode liberar cerca de 30 mil ovos por vez, o que acelera de forma exponencial o aumento de sua população.
Para tentar conter esse avanço, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem promovido treinamentos com pesquisadores e pescadores, ensinando técnicas adequadas para capturar e monitorar o animal invasor antes que ele cause danos irreversíveis aos ecossistemas marinhos.
*Com informações de Diário do Litoral
