Como o Google Maps sabe se há trânsito nos locais?

Entenda como o aplicativo identifica engarrafamentos, acidentes e vias livres em tempo real

Jovem Pan > Opinião Jovem Pan > Comentaristas > Davis Alves > Como o Google Maps sabe se há trânsito nos locais?

Como o Google Maps sabe se há trânsito nos locais?

Entenda como o aplicativo identifica engarrafamentos, acidentes e vias livres em tempo real

  • Por Davis Alves
  • 24/08/2025 08h00
BlueSky

henry perks/UnsplashMão esquerda masculina segurando um celular cuja tela mostra endereço no Google Maps

O Google Maps é um serviço de navegação e mapeamento online que oferece informações geográficas detalhadas

Quem usa o Google Maps no dia a dia já se acostumou com o mapa colorido que indica onde o trânsito está fluindo e onde há congestionamentos. Mas poucos sabem como o aplicativo consegue essa informação, e o mais curioso é que a resposta está nos próprios usuários. A seguir você vai entender de forma simples e direta como o Google Maps identifica o trânsito em tempo real, como ele usa os dados do GPS do seu celular para isso e até se é possível enganar o sistema. Prepare-se para descobrir como a tecnologia por trás desse recurso tão comum é, na verdade, um grande trabalho coletivo invisível.

O Google Maps sabe se há trânsito em uma rua observando a movimentação dos celulares com GPS ativado. Sempre que alguém está com o celular no bolso e a localização ligada (mesmo sem abrir o app), o Google consegue saber:

  • Onde essa pessoa está.
  • Com que velocidade ela está se movendo.

Se vários celulares estão em uma mesma rua e todos estão se movendo devagar ou parados, o sistema entende que há trânsito ali. Já se os aparelhos estão em movimento constante e rápido, o Google conclui que o tráfego está livre.

Isso tudo acontece automaticamente, o tempo todo, com a ajuda de milhões de usuários ao redor do mundo. O Google cruza essas informações com dados históricos e inteligência artificial para mostrar:

  • O trânsito atual.
  • Previsões de trânsito para os próximos minutos.
  • Roteiros alternativos mais rápidos.

Antes dos smartphones: como era o GPS?

Antes do Google Maps e dos celulares modernos, os motoristas usavam GPSs automotivos, como os da Garmin ou TomTom, populares entre 2000 e 2010. Esses aparelhos:

  • Mostravam o mapa e a rota.
  • Não tinham acesso à internet.
  • Não indicavam trânsito em tempo real.

Ou seja, se a rua estivesse parada, o motorista só descobria quando já estava no congestionamento. Com o tempo, os celulares com internet e GPS passaram a fazer esse trabalho de forma muito mais rápida, precisa e inteligente.

É possível burlar o Google Maps e forçar um trânsito falso?

Sim, é possível — mas não é fácil, e não dura muito tempo. Em 2020, um artista alemão chamado Simon Weckert fez um experimento curioso: ele colocou 99 celulares com GPS ativado dentro de um carrinho de mão e andou devagar por ruas vazias de Berlim. O Google Maps interpretou aquilo como 99 carros parados e marcou a rua como congestionada, mesmo sem nenhum carro real no local.

Esse experimento provou que o sistema pode ser enganado, mas apenas se houver muitos dispositivos falsamente parados no mesmo lugar. No entanto, o Google atualizou seus algoritmos desde então. Hoje, ele usa outras formas de verificação, como:

  • Cruzar os dados com o tipo de movimento (carro, a pé, bicicleta).
  • Observar se os celulares estão mesmo dentro de veículos.
  • Analisar o comportamento do tráfego na região inteira.

Ou seja: é possível enganar por um curto tempo e com muito esforço, mas o sistema logo se ajusta e corrige.

*Com informações de Jovem Pan

Related post

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *