COP 30 em Belém: O que isso tem a ver comseu trabalho

Por Mariana Borges

Em novembro de 2025, o mundo inteiro vai olhar para Belém do Pará. A cidade amazônica sediará a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, reunindo líderes de mais de 190 países para discutir o futuro do clima no planeta. Mas antes que você pense “isso é assunto de diplomatas e ambientalistas”, preciso te contar: a COP 30 tem tudo a ver com o seu trabalho, sua empresa e as decisões que você toma todos os dias.

A escolha do Brasil, e especificamente da Amazônia, como sede não é casual. É um reconhecimento do papel central que nosso país ocupa nas soluções climáticas globais. E isso traz consequências diretas para a economia brasileira, para os setores produtivos e, sim, para sua carreira profissional.

Quando falamos de acordos climáticos firmados em uma COP, estamos falando de compromissos que se transformam em políticas públicas, regulamentações setoriais, exigências de mercado e critérios de investimento. Empresas que exportam precisam se adequar a padrões ambientais cada vez mais rigorosos.

Organizações que buscam financiamento encontram bancos e investidores perguntando sobre suas metas climáticas. Profissionais de todas as áreas – do RH ao financeiro, da logística ao marketing – estão sendo chamados a entender e implementar práticas sustentáveis.

A COP 30 promete ser um marco porque acontece em um momento de urgência climática reconhecida globalmente, mas também de oportunidade econômica sem precedentes. A transição para uma economia de baixo carbono está criando novos mercados, novas profissões e novas formas de fazer negócios. Setores tradicionais estão se reinventando. A inovação em tecnologias limpas está atraindo
investimentos bilionários. E o Brasil, com sua matriz energética renovável, sua biodiversidade e seu potencial em bioeconomia, está em posição privilegiada para liderar essa transformação.

Mas aqui está o ponto que mais me interessa: essa transformação não acontece apenas nas grandes corporações ou nos gabinetes governamentais. Ela acontece quando cada profissional, em sua área de atuação, começa a fazer perguntas diferentes. Como minha empresa está se preparando para as mudanças climáticas?

Que competências preciso desenvolver para me manter relevante nessa nova economia? Como posso contribuir, no meu dia a dia de trabalho, para soluções que façam sentido tanto para o negócio quanto para o planeta?

A COP 30 vai discutir metas de redução de emissões, financiamento climático, proteção de florestas e adaptação às mudanças do clima. Cada um desses temas se desdobra em ações concretas que chegarão até você: na forma como sua empresa gerencia resíduos, nas escolhas de fornecedores, nos critérios de contratação, nos produtos e serviços oferecidos, nas oportunidades de capacitação disponíveis.

E tem mais: sediar a COP 30 coloca o Brasil sob os holofotes internacionais. Isso significa que empresas brasileiras de todos os portes estarão sendo observadas, avaliadas e, potencialmente, escolhidas como parceiras por organizações que levam a sustentabilidade a sério. É uma vitrine, mas também uma responsabilidade.

Quem estiver preparado, com práticas sustentáveis genuínas e transparentes, terá vantagem competitiva. Quem ainda não começou essa jornada, precisa entender que o tempo está se esgotando.
Nos próximos artigos desta série, vou aprofundar temas específicos que estarão no centro das discussões da COP 30 e mostrar como eles se conectam com sua realidade profissional. Vamos falar de descarbonização, de financiamento climático e da chamada “COP da Implementação” – porque não basta mais fazer promessas, é hora de agir.

Por enquanto, convido você a olhar para a COP 30 não como um evento distante, mas como um catalisador de mudanças que já estão em curso e que vão redefinir o mundo do trabalho. A pergunta não é se essas mudanças vão te afetar, mas como você vai se posicionar diante delas.

Artigo escrito por Mariana Borges, fundadora da Move’n Up inteligência em Gestão Sustentável

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