Desafios

Manter um ser humano vivo na infância deveria valer pontos no currículo. Sério. Deveria estar lá: “Habilidade especial: impedir que uma criança pule do sofá como se fosse Hulk, coma massinha como se fosse brigadeiro e enfie o dedo em toda tomada que existe na América Latina”.

A maternidade é basicamente um esporte radical. Um dia você está tranquila, tomando um gole de café, no outro está correndo pela casa porque seu filho decidiu que é uma ótima ideia escalar a estante pra pegar um… adesivo. Sim, um adesivo. Vale a vida? Pra eles, vale.

E apesar de tudo — das noites mal dormidas, dos “mamãe, cadê meu chinelo?” enquanto o chinelo está literalmente no pé, e das visitas ao pronto-socorro porque “eu só tava vendo se cabia” — a gente segue. Com medo, com cansaço, com o coração sempre um pouco acelerado… mas segue.

Porque no meio desse caos existe aquela sensação que só a maternidade dá: a de que, mesmo sendo trabalhoso manter esses pequenos aventureiros vivos, eles também mantêm a gente viva. Viva de amor, de propósito, de gargalhada espontânea mesmo depois de um dia péssimo.

Criar filhos é difícil, desafiador e um tantinho assustador — mas é também a coisa mais loucamente satisfatória que existe. A gente sobrevive, eles sobrevivem, e no fim do dia todo mundo dorme (às vezes). E isso, pra mim, já é vitória olímpica.

*Artigo escrito por Julyana Almeida

Jornalista, mãe de 3 crianças lindas e disposta a compartilhar as loucuras e gostosuras da maternidade.

Instagram: https://www.instagram.com/rabiscosdeumamae

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