Empresa alemã que fabrica escada elevatória usada no roubo ao Louvre faz propaganda: ‘Movimento rápido e silencioso’

A empresa alemã inadvertidamente envolvida no assalto ao Museu do Louvre, depois que um de seus elevadores foi usado no furto, está aproveitando sua exposição gratuita — lançando nova campanha publicitária.

A firma com sede em Werne, Böcker Maschinenwerke GmbH, esta semana publicou uma postagem nas redes sociais exibindo a agora famosa imagem de sua escada-móvel de mobílias estendendo-se até uma varanda fora da Galeria de Apolo.

“Quando você precisa se mover rápido,” diz um banner sob a imagem. “O Böcker Agilo transporta seus tesouros de até 400 kg a 42 m/min — silencioso como um sussurro.”

Um vídeo surgiu mostrando os alegados ladrões escapando na escada mecânica após roubarem 88 milhões de euros (cerca de R$ 556 milhões) em joias da coroa da França, no domingo.

Falando à agência de notícias Agence France‑Presse na quarta-feira, o diretor geral da empresa, Alexander Böcker, disse que, quando ficou claro que ninguém se feriu no assalto, eles usaram “um toque de humor” para chamar atenção para o negócio familiar.

“O crime é, claro, absolutamente repreensível, isso está completamente claro para nós,” disse Alexander Böcker.

“Foi… uma oportunidade para nós usarmos o museu mais famoso e mais visitado do mundo para obter um pouco de atenção para a nossa empresa.”

A reação à nova campanha da Böcker tem sido entusiasmada, com respostas nas redes sociais como “gênio do marketing” e “excelente, isto é qualidade alemã”.

“Sua mensagem leva a coroa,” provocou um comentarista.

Böcker disse à AFP que reconheceu o aparelho da sua empresa pelos relatórios de notícia, dizendo que a máquina foi vendida “há alguns anos a um cliente francês que aluga este tipo de equipamento em Paris e arredores”.

Os supostos ladrões organizaram para que a máquina fosse demonstrada para eles na semana passada e a roubaram durante a demonstração, acrescentou ele.

Os ladrões chegaram ao Louvre no domingo logo após o museu abrir suas portas e visitantes começarem a circular por seus corredores.

Em oito minutos, fugiram com parte dos tesouros mais valiosos da França que pertenciam à antiga realeza ou governantes imperiais.

Entre os oito itens roubados estavam diademas, colares, brincos e broches adornados com milhares de diamantes e outras pedras preciosas.

O Louvre reabriu na quarta-feira, alguns dias após o que tem sido chamado de o roubo mais chocante da França.

A diretora do museu admitiu na quarta-feira que o Louvre falhou em detectar o grupo cedo o suficiente para parar o furto e que o circuito de câmeras em seu perímetro era fraco e “envelhecido”.

“Falhamos com estas joias,” disse Laurence des Cars, acrescentando que ninguém estava protegido de “criminosos brutais — nem mesmo o Louvre”.

“Tivemos uma falha terrível no Louvre. Eu assumi a responsabilidade por isso,” acrescentou ela.

O ministro do Interior, Laurent Nuñez, disse à rádio Europe 1 que tinha “toda confiança” de que os ladrões seriam capturados.

Os promotores disseram que acreditam que os assaltantes agiram sob ordens de uma organização criminosa.

*Com informações de BBC

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