Estudantes da rede pública do Distrito Federal se preparam para intercâmbio no Reino Unido
Programa Pontes para o Mundo seleciona 100 alunos do DF para vivência acadêmica e cultural na Europa; inscrições vão até 29 de maio
Há quem acredite que sorte é estar pronto quando uma oportunidade vem. É esse empenho que tem feito muitos estudantes da rede pública do Distrito Federal se destacarem no processo seletivo do programa Pontes para o Mundo, da Secretaria de Educação. A iniciativa oferece intercâmbio educacional no Reino Unido e está com inscrições abertas até 29 de maio, com 100 vagas disponíveis.
“Eu não esperava por essa oportunidade, mas fiquei muito feliz quando apareceu. Vi que não estava estudando inglês à toa e percebi que realmente tenho chance de participar”, conta Adryan Isaque Teixeira, 17 anos, do 2º ano do Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Cruzeiro. Ele está entre os 14 alunos da escola aptos para a primeira fase do programa.
Caso seja aprovado na prova de conhecimentos linguísticos e comunicativos em língua inglesa, que será aplicada presencialmente, Adryan estará mais próximo de realizar o sonho de estudar na Irlanda. “A escola tem dado todo o apoio para que a gente se prepare e consiga passar. O intercâmbio só traz benefícios e hoje percebo que vale muito a pena se dedicar aos estudos”, reforça.
Ao lado do colega, a estudante Lívia Santos, 16, também se dedica à preparação. “A gente estuda no Centro Interescolar de Línguas [CIL] e pesquisa bastante sobre como é o ensino lá fora”, afirma, animada com a possibilidade de ir para a Irlanda ou para a Inglaterra.
Durante o intercâmbio, os selecionados devem se dedicar integralmente aos estudos e obter aprovação nas disciplinas da instituição estrangeira. Os estudantes recebem ajuda de custo mensal do Governo do Distrito Federal e contam com ações voltadas à saúde emocional durante o período.
“Eu sei que algumas matérias serão diferentes, como química, por exemplo, que terei de aprender em inglês, mas estou confiante. Para mim, que faço curso técnico de informática, vai ser uma experiência muito importante para o currículo”, diz Lívia.
Critérios para entrada
O objetivo do Pontes para o Mundo é oferecer uma imersão acadêmica e cultural que também forme jovens embaixadores do programa, inspirando outros colegas ao retornarem às escolas.
“Nosso foco é democratizar o acesso. Quando a gente percebeu que o número de inscritos ainda estava abaixo do esperado em algumas regiões, decidimos ajustar o cronograma. A procura aumentou nos últimos dias e isso mostra que a decisão foi acertada. Queremos garantir que os estudantes que têm perfil para participar consigam se inscrever a tempo”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Para participar, os alunos devem estar cursando o 2º ano do ensino médio, ter entre 16 e 18 anos incompletos até a data de retorno, média mínima de 6,0 nas disciplinas da 1ª série e frequência igual ou superior a 80%. O processo seletivo envolve entrega de documentos e uma avaliação presencial de proficiência em inglês.
Para o supervisor pedagógico do Cemi do Cruzeiro, Antônio Marcos Trevisoli, o projeto é motivo de orgulho: “Essa é uma forma de incentivar os estudantes a buscarem boas notas e desempenho escolar. Além disso, o programa leva o nome do GDF para fora do país”.
Trevisoli também destaca que os alunos não perderão o ano letivo no Brasil: “Eles terão acesso a uma plataforma virtual de aprendizagem com os conteúdos escolares e, ao retornarem, poderão fazer a prova do PAS normalmente, sem prejuízo acadêmico”.
A primeira edição do programa acontece entre setembro e dezembro de 2025 e terá duração de 13 a 16 semanas.
Oportunidade para o futuro
As expectativas de Ana Carolina Carvalho, 16, são altas para estudar e conhecer a Inglaterra. “É uma oportunidade incrível para quem quer aprender mais sobre o mundo e se destacar no futuro”, diz. Ela acredita que a experiência será um diferencial na vida profissional: “O inglês vai melhorar muito, porque vamos vivenciar a língua todos os dias. Perder o medo de estar em outro país também é algo importante”.
Já Valentina Cavalcante, também com 16 anos, vê no projeto uma chance de se preparar para os exames de acesso ao ensino superior: “Provas como o PAS, o Enem e o vestibular cobram inglês, e essa vivência vai nos dar base para isso”.
Sonhando em cursar medicina no exterior, Valentina considera o domínio da língua inglesa essencial para sua trajetória. “O inglês é um diferencial e vai me ajudar muito a crescer na vida profissional”, finaliza.
*Com informações de Agência Brasília