O fato cientificamente comprovado sobre ‘Procurando Nemo’ que está deixando fãs em choque: ‘Minha infância acabou’
A animação vencedora do Oscar não poderia acontecer na vida real por conta de uma questão na reprodução dos peixes-palhaço
‘Procurando Nemo’ (2003) acompanha a emocionante jornada de um pai procurando o seu filho, após ele se perder pelo oceano. O peixe-palhaço enfrenta desafios e desbrava outras águas ao lado de sua amiga, Dory (um peixe da espécie cirurgião-patela).
Entretanto, apesar de ter encantado fãs do mundo inteiro por mais de duas décadas, a trama não aconteceria na vida real. Afinal, a biologia dos peixes-palhaço (a espécie de Nemo) é diferente da mostrada no filme de 2003.
Inclusive, a verdadeira biologia deles está deixando o público chocado nas redes sociais 22 anos depois do lançamento do longa-metragem – que teve 941 milhões de dólares arrecadados nas bilheterias do mundo todo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e7c91519bbbb4fadb4e509085746275d/internal_photos/bs/2024/f/i/ExGQYUR3eOS0izu3jAxw/captura-de-tela-2024-04-26-as-09.49.23.png)
A questão que inviabilizaria a trama da primeira animação da Pixar vencedora do Oscar de Melhor Animação é que os peixes-palhaço tem um sistema de reprodução único. Eles vivem em um grupo de peixes no qual há somente uma fêmea dominante. Ela controla o número de peixes do grupo e lidera sua população.
Para copular, a fêmea escolhe o macho mais agressivo. A hierarquia entre os peixes causa bastante estresse entre os machos – o que aumenta o nível de cortisol entre eles. Então, quando a fêmea morre, como mostra um estudo da ‘National Library of Medicine’, o nível de cortisol decai.
Entretanto – e aí entra a parte “chocante” -, pouco tempo depois da morte da “rainha” do grupo, devido a baixa no nível de cortisol, o macho dominante com quem ela copulou, consegue realizar uma transição e se tornar uma fêmea, assumindo a posição de “nova rainha”.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e7c91519bbbb4fadb4e509085746275d/internal_photos/bs/2025/c/Y/KGDfE9TdCwdvawoWceBw/4d2a0f0b-efeb-4f17-8181-0daf3de2f5e5.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e7c91519bbbb4fadb4e509085746275d/internal_photos/bs/2025/L/j/FQVS2ARc6CeadyLs2AFg/5b6a2cb0-f2b5-490b-accb-29cd3659c10f.jpg)
O processo foi postado recentemente em um vídeo no ‘Reddit’ que afirma que os fãs de ‘Procurando Nemo’ “nunca mais verão o filme da mesma forma” depois de aprenderem isso. Um fã, de fato, ficou ‘passado’: “Eu não precisava saber disso. Minha infância acabou”, comentou.
Outros brincaram com a situação. “Essa é a verdadeira razão para Nemo ter fugido – deixar Marlin constantemente estressado para que ele não consiga transicionar e se tornar sua mãe, que, então, irritaria constantemente Nemo e faria com que ele ficasse estressado”, brincou um. “Imagina o alívio de se tornar a rainha que você sempre deveria ter sido”, comentou outro.
Ainda, alguns pontuaram que essa é uma das menores imprecisões do filme. “Eu lembro de quando era criança e sai do cinema com a minha mãe, depois de ter visto ‘Procurando Nemo’ e eu disse ‘é tão irreal como eles fizeram os peixes piscarem’ e ela respondeu ‘eles também não falam’. Então é engraçado você ter falado disso [a reprodução dos peixes-palhaço]”, escreveu um.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e7c91519bbbb4fadb4e509085746275d/internal_photos/bs/2024/t/q/PRYZzKScKEzy6yjQkL0w/2ndwyuqipmljnevnhhwbb9r4y52.jpg)
O processo compartilhado no vídeo do ‘Reddit’ é chamado de hermafroditismo sequencial, que ocorre quando um organismo muda de sexo durante sua vida. No caso dos peixes-palhaço, a fêmea tem milhares de ovos fertilizados pelo macho dominante – que se torna o principal cuidador deles depois que nascem.
Então, quando ela morre e o macho dominante transiciona, o ciclo começa novamente. Quando se torna a nova rainha, escolhe o macho seguinte na linha hierárquica para a repopulação.
Em outras palavras, se ‘Procurando Nemo’ fosse cientificamente preciso, Nemo poderia ter reproduzido com o próprio pai, Marlin, após a morte da mãe.
Confira abaixo o trailer de ‘Procurando Nemo’, um dos maiores sucessos da história da Pixar e da animação.
*Com informações de Revista Monet