Surto de norovírus atinge mais de 100 pessoas em cruzeiro

Navio da empresa AIDA Cruises, em viagem global, registra casos de norovírus, com diarreia e vômito entre passageiros e tripulação

Durante uma viagem mundial de 133 dias, realizada a bordo do navio AIDAdiva, da AIDA Cruises, foi registrado um surto de norovírus que afetou mais de cem pessoas, entre passageiros e tripulação. Segundo relatório das autoridades sanitárias, 95 dos cerca de 2.007 passageiros e 6 dos 640 tripulantes relataram sintomas típicos como diarreia e vômito. O surto foi registrado pela primeira vez no dia 30 de novembro, após paradas em portos nos Estados Unidos.

O norovírus é uma infecção gastrointestinal altamente contagiosa, transmitida por contato direto, água ou alimentos contaminados, além de superfícies infectadas. Por isso, a tripulação do navio implementou imediatamente um protocolo de contenção: pessoas doentes foram isoladas em suas cabines, intensificou-se a limpeza e desinfecção de áreas comuns, e coletaram-se amostras para testes. O programa de saneamento marítimo das autoridades de saúde monitorou a situação para evitar propagação e garantir a segurança dos demais passageiros e tripulantes.

A empresa responsável pelo cruzeiro declarou que o surto coincide com o período de maior incidência sazonal da doença — entre novembro e abril — e que outras viagens registraram padrões semelhantes em terra. A companhia informou ainda que adotou medidas reforçadas de higiene e que o número de casos já apresentava tendência de queda até o último balanço divulgado.

Embora o surto tenha atingido mais de cem pessoas, a proporção representa menos de 6 % do total de pessoas a bordo. Ainda assim, o episódio desperta alertas: ambientes como navios de cruzeiro, onde há grande concentração de pessoas, uso compartilhado de espaços, refeições coletivas e constante trânsito de pessoas, têm risco elevado de surtos de infecções transmissíveis — especialmente em períodos de inverno ou climas mais frios.

Especialistas em saúde pública enfatizam que o controle de doenças em viagens marítimas depende fortemente da higiene de superfícies, da limpeza de alimentos e da colaboração de passageiros em relatar sintomas rapidamente. Mesmo quando os protocolos de limpeza são rigorosos, a velocidade de propagação do norovírus exige vigilância constante e colaboração de todos a bordo.

*Com informações de Aventuras na História

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