6 efeitos das mudanças climáticas que ninguém imaginava

As mudanças climáticas geram diversos impactos ao planeta — isso é indiscutível. No entanto, os efeitos vão muito além do que as pessoas imaginam. Como resultado, muitas coisas que se mostram “erradas” no mundo são resultado das próprias ações dos seres humanos.

Perda de sono

Um dos efeitos das mudanças climáticas que ninguém imagina é a perda de sono. Em um estudo publicado em maio de 2022 na revista One Earth, os cientistas compararam os dados do sono coletados com pulseiras de monitoramento de 48 mil pessoas, e descobriram que as pessoas dormem mais tarde e acordam mais cedo nas noites mais quentes.

A estimativa é que as pessoas percam cerca de 58 horas de sono por ano por causa das noites quentes associadas ao aquecimento global.

Relâmpagos e incêndios florestais

O aquecimento global altera os padrões de raios em todo o mundo, o que por sua vez pode resultar em mais incêndios florestais. Em relatório da Nature Communications, pesquisadores analisaram os relâmpagos de longa duração, que representam a principal causa de incêndios florestais induzidos por raios.

Na ocasião, a equipe revelou que esses ataques devem se tornar 10% mais comuns a cada aumento de temperatura de 1ºC.

Cães ferozes

Em junho, um estudo publicado na Scientific Reports indicou que a agressão canina aumenta com as temperaturas, então a maioria das mordidas de cães são registradas em dias mais quentes.

Mudanças climáticas causam mais mordidas de cães (Imagem: Christopher_Boswell/Envato)
Mudanças climáticas causam mais mordidas de cães (Imagem: Christopher_Boswell/Envato)

Ao analisar dados de 69.525 mordidas de cachorro nos EUA, a equipe encontrou um aumento de 11% nas mordidas de cachorro em dias com alta temperatura.

Doenças infecciosas

Em 2022, um artigo publicado na científica Nature Climate Change revelou que até 58% das doenças infecciosas podem se agravar com os efeitos das mudanças climáticas. Assim, o contato com milhares de agentes infecciosos deve se acentuar e muitos destes patógenos podem sofrer mutações.

A equipe comentou, na ocasião, que o maior número de enchentes pode provocar uma onda de casos de hepatite ou ainda de leptospirose, por exemplo.

Doenças neurológicas

De acordo com um estudo publicado na Neurology, as mudanças climáticas potencializam doenças neurológicas. Para chegar a essa informação, os pesquisadores analisaram o total de 364 artigos da área.

Na prática, esses eventos de mudança climática pioram os sintomas relacionados a cefaleia, demência, esclerose múltipla e Parkinson. Por sua vez, o acidente vascular cerebral (AVC) também pode se tornar mais prevalente por conta das alterações no clima.

Cor dos oceanos

No início de julho, um relatório publicado na revista científica Nature revelou que 56% do oceano mudou de cor: é verde, e não mais azul. A teoria dos responsáveis pelo artigo é que a culpa seja da mudança climática causada pelo ser humano.

Oceanos são verdes e não mais azuis, graças às mudanças climáticas (Imagem: MartinStr/Pixabay)
Oceanos são verdes e não mais azuis, graças às mudanças climáticas (Imagem: MartinStr/Pixabay)

Ao rastrear as mudanças na clorofila e analisar as mudanças ano a ano, a equipe pôde descobrir o que era uma variação natural na cor do oceano e o que poderia ser considerado acima do normal.

A alteração na cor causada pelas mudanças climáticas é prevalente nos oceanos tropicais próximos ao Equador, o que sugere que algo mudou nos ecossistemas abaixo das ondas, já que a cor do oceano é um reflexo da flora e fauna dentro das águas.

Fonte:  Nature Climate ChangeNatureGlobal Change MITOne EarthScientific ReportsNature Communications

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